quarta-feira

Semifinal UCL - 2º Jogo (01/05)



Por Fábio Bordin
Liverpool 1(4) x 0(1) Chelsea


O jogo foi truncado, mas cheio de emoções. O Liverpool dominou o jogo os 90 minutos. O Chelsea esteve muito desfalcado. Ballack, Shevchenko e Ricardo Carvalho fizeram falta. E ainda o time de Stamford Bridge tinha Robben no banco. O ponta holandês voltava de contusão após 4 meses se tratando. Pela falta de qualidade técnica no seu banco de reservas, o técnico José Mourinho teve que colocar o jogador holandês em campo.

O Liverpool
foi muito bem hoje, atacou quase que o tempo todo. Logicamente que quando a bola estava sendo maltratada no meio de campo, com chutões e divididas duríssimas o Liverpool não atacava. Atacava sim. A canela dos jogadores azuis, e estes por sua vez atacavam as pobres canelas dos vermelhos.

Pela parte do Liverpool, não sobra dúvidas, Mascherano foi disparado o melhor do time e do jogo. Pecou apenas em um lance, aos 5 minutos de jogo quando deu uma bola de presente para Drogba, que tentou buscar jogo mas não conseguiu. Gerrard venceu a disputa com Lampard. Sem abusar dos trocadilhos, Lampard que às vezes é gênio, hoje, esteve apagado. Não só Lampard, o time todo do Chelsea estev em uma noite tenebrosa. Menos, o incansável, Essien que hoje foi muito bem.

O Chelsea no primeiro tempo não atacava porque seus pontas, Joe Cole e Salomon Kalou, formavam uma linha de 4 junto com Lampard e Mikel. Era mais ou menos assim:

------Joe Cole-----------Obi Mikel---------------------Lampard---------------Kalou

----------------------------------------Drogba-----------------------------------

O Chelsea jogava com uma linha formada por Ferreira, Essien, Terry e A.Cole. Na frente dessa linha Makelele, irreconhecivel no jogo de hoje, era quem dava as cartas e na frente de Makelele a linha formada por J.Cole, Mikel, Lampard e Kalou. E na frente o pobre Drogba. Isso sem a bola. Com a bola Joe Cole e Kalou voltavam a ser pontas, mas a linha à frente de Makelele estava longe de Drogba, que toda a vez que pegava a bola na linha lateral esperava uma eternidade para as chegadas dos pontas. Joe Cole e Kalou estavam muito mais preocupados em marcar Riise e Finnan, respectivamente, do que em atacar. Joe Cole começou marcando Finnan, mas aí Riise sobia. Quando Joe Cole foi marcar Riise quem sobiu foi Finnan. Você deve estar se perguntando, mas e o Kalou? Enquanto Joe Cole marcava, com entusiasmo e vontade, um (quase sempre o Riise) Kalou marcava, com desanimo e má vontade, o outro (quase sempre o Finnan).

No segundo tempo o jogo mudou e aí Kalou foi jogar de atacante junto com Drogba e Joe Cole formava um losangolo com Mikel, Lampard e Makelele:

-------------------------------Makelele-------------------------

------------Mikel-----------------------------Lampard-----------

------------------------------Joe Cole--------------------------

Pelo fato de Mourinho usar quase sempre, em todas as competições, o mesmo time os jogadores estavam cansados. E o Liverpool que faz um rodízio esteve bem os 90 minutos de jogo.
Gerrard não foi Gerrard. Não foi o Gerrard que estamos acostumados a ver, mas foi um Gerrard que lutou e atacou e defendeu com o mesmo ímpeto. E não o Gerrard de Stamford Bridge, que foi um jogador apático. Lampard foi o Gerrard da semana passada. Um jogador apático, cansado e sem vontade alguma de jogar futebol. Diferente dele foi Mascherano, que foi soberbo e pelo o que correu saiu no primeiro tempo da prorrogação. Prorrogação, essa, que proporcionou uma grande emoção a quem viu o jogo. No primeiro tempo Kuyt fez o gol que daria a classificação. Mas o árbitro, Manuel Merruto Gonzalez, assinalou impedimento. Na segunda etapa o mesmo Kuyt teve a chance de marcar o gol e liquidar a fatura, mas parou em Cech. Era anunciado...

O jogo foi para os pênaltis e logo na primeira penalidade, Zenden mostrou toda a sua frieza e deslocou Cech. Robben, holandês como Zenden, tentou ir com a mesma frieza de seu compatriota, mas Anfiel Road não deixou, como já diz a música cantada pela torcida: "Você nunca caminhará sozinho". Você, Liverpool, nunca será abandonado por sua torcida, torcida essa que na hora do pênalti de Robben fez uma verdadeira algazarra atrás do gol e não deu outra. Reina defendeu. Gerrard foi para a bola e marcou. Lampard foi para a bola e soltou um petardo com tudo aquilo que estava engasgado em sua garganta. O Chelsea convertia o seu primeiro pênalti. Xabi Alonso foi para a bola e bateu um pênalti com maestria, rasteiro e no canto ele não deslocou Cech mas converteu a penalidade. Geremi tentava dar esperanças a torcida azul, mas a torcida vermelha não deixou. Reina defendia mais um pênalti.
Então estava na hora. Kuyt lembra dele? Ele que já tinha parado no juíz e já tinha parado no goleirão Cech. Estava anunciado, Kuyt seria o homem da definição. Colocou a bola na cal, e deu as costas para Cech que por sua vez dava as costas para a torcida dos Reds. Kuyt se virou e olhou Cech no olho. O arbitro, Manuel Merruto Gonzalez, que fez parte da memoravel virada de Istambul, em 2005, apitou e Kuyt correu. Correu em direção a bola e pensou: "Nem Cech e nem a arbitragem irão me parar dessa vez". Ele estava certo. Kuyt, fez 4 x 1 e o Liverpool está pela 7ª vez em uma final de Uefa Champions League.
Melhores Momentos:

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